CENÁRIO DE REFORMAS DE PNEUS NO BRASIL

Cenário da reforma de pneus no Brasil

A reforma de pneus

• É a reposição da banda de rodagem do pneu, desgastada pelo uso;

• É uma prática mundial que teve sua origem como forma de evitar o desperdício;

• Emprega apenas 20% do material utilizado na produção de um pneu novo, proporcionando a mesma durabilidade original;

• As carcaças dos pneus são projetadas para suportar sobrevidas;

• A reforma de pneus é um forte argumento de venda do pneu novo.

 

A reforma de pneus no Brasil

• O Brasil é o 2º mercado mundial, o dos EUA é o primeiro;

• Nível técnico de padrão internacional;

• Baixos índices de problemas com qualidade;

• É uma atividade com mais de 60 anos de tradição;

• 1.257 empresas geram serviços, totalizando cerca de 5.000 micro e pequenas empresas agregadas;

• A maioria é de pequeno porte;

• São prestadoras de serviço.

 

A reforma de pneus e o transporte

Todo setor de transporte utiliza pneus reformados:

• O pneu reformado é o segundo ou o terceiro custo no transporte utilizando pneus comerciais (carga);

• O pneu reformado possui rendimento quilométrico 
semelhante ao novo, com custo 73% menor ao consumidor;

• Reforma-se em média duas vezes gerando três vidas para carcaça;

• Proporciona redução de 57% no custo/km;

• Maximização do retorno sobre o investimento em pneus.

 

A reforma de pneus e a economia

Próximo de dois terços dos pneus de caminhão/ônibus em uso são reformados:

• A reforma de pneus repõe no mercado mais de 8 milhões de pneus da linha caminhão/ônibus por ano enquanto a indústria de pneus novos repõe 6 milhões para o mesmo setor;

• Proporciona uma economia para o setor de transportes de 7 bilhões de reais/ano.

• Economia de 57 litros de petróleo por pneu reformado na linha caminhão/ônibus e 17 litros para a linha automóvel, gerando uma economia total de 500 milhões de litros/ano de petróleo, o que equivale a 600 milhões de reais/ano de economia com a reforma de pneus.

 

A reforma de pneus e a ecologia

Posterga a destinação final da carcaça reduzindo os impactos ambientais.

Não é uma atividade poluidora e seus resíduos sólidos são reciclados por outras atividades, sendo:

• Pneus convencionais = 20% em fornos de cimenteiras e 80% em solados, percintas etc;

• Pneus radiais = 80% fornos de cimenteiras e 20% solados, percintas etc;

• Resíduos de raspagem = agregados à mistura e à composição para artefatos emborrachados;

• Asfalto ecológico.

 

A reforma de pneus e o emprego

1) A atividade gera mais de 250.000 postos de trabalho:

• Unidades Reformadoras

• Vendedores

• Borracharias

• Fornecedores de matéria prima

2) Proporciona oportunidades a pessoas com menor formação escolar:

• A formação dos profissionais é feita na própria empresa, ou entidades subsidiadas pelo Estado, como por exemplo: Senai e entidades privadas.

3) Atende ao setor de transporte nas mais diversas localidades de todo o País.

 

Os números da reforma de pneus

1) Faturamento do setor: R$ 5 bilhões/ano

(Reforma de pneus, Matéria-prima e Equipamentos)

2) Empresas:

• 1.257 unidades reformadoras;

• 18 fabricantes e fornecedores de matéria-prima, sendo 13 nacionais e 5 multinacionais;

• 52 fabricantes de equipamentos para o setor.

3) Empregos Diretos:

• Unidades Reformadoras: 40.000 empregos;

• Fabricantes de Matéria-prima e equipamentos: 10.000 empregos.

4) Produção de pneus reformados em 2012:

• Caminhão e ônibus: 8,8 milhões de unidades;

• Automóvel: 7 milhões de unidades;

• Fora-de-estrada e Agrícola: 300 mil unidades;

• Aviões: número não fornecido.

 

https://www.abr.org.br/images/tabela_dados.jpg

LINHA CAMINHÃO / ÔNIBUS

 

Impactos na economia, empregos, transporte e ecologia

Hipótese: Redução ou fechamento da cadeia das unidades reformadoras no Brasil.

A) Arrecadação tributária

• PIS e COFINS = queda de arrecadação de R$ 300 milhões/ano;

• ICMS = queda de arrecadação de R$ 500 milhões/ano;

• ISS = queda de arrecadação de R$ 170 milhões/ano.

B) Emprego

• Fechamento de 250.000 postos de trabalho.

C) Transporte

• A falta de 2/3 da reposição de pneus reformados por ano com o fechamento da cadeia de reformadores, redundaria ao transporte rodoviário/urbano o caos e uma grande desordem no país, cuja demanda do modal logístico, representa 58% da carga transportada no país, segundo a NTC & Logística = Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística.

 

D) Ecologia

Petróleo

• Seria necessário produzir anualmente mais 8,4 milhões de pneus novos para substituir a mesma quantidade de pneus reformados por ano, o que demandaria um aumento de consumo de 500 milhões de litro de petróleo/ano;

• Não reformar pneus causaria um impacto exacerbado no meio ambiente, aumentando drasticamente o passivo ambiental.

 

A reforma de pneus no exterior

• A reforma de pneus é adotada por todos os países, principalmente os de primeiro mundo, Necessidade intrínseca à economia do país, de petróleo e meio ambiente;

• Na Comunidade Europeia e no Japão, a reforma de pneus é considerada“indústria verde” e conta com incentivos para sua instalação e um grande estímulo à indústria de reciclagem, e faz parte da estatística de reciclagem nestes países.

 

A reforma de pneus e a regulamentação no Brasil

Registro no Inmetro

• Setor regulamentado pela Portaria 444 de 19 de novembro de 2010, regulamenta o segmento de reforma de pneus, no quesito segurança para a linha automóvel e comercial (caminhão/ ônibus) com a sua adequação expirada em 19 de novembro de 2012, com fiscalização pelo  IPEM (Instituto de Pesos e Medidas).