AOS FROTISTAS
PNEUS EM FROTA
O pneu é um item caro , e que gera um custo bem significante numa frota .Se não houver um controle rigoroso de pneus em frota, os números podem surpreender, ao final das contas.
Toda frota deve ter um controlador de pneus , pois a manutenção periódica dos pneus é muito importante . E é dessa manutenção que vamos falar agora.
Mesmo com uma frota pequena, o frotista deve considerar o controle de pneus , mantendo sempre o mapeamento da frota atualizado.
Mas como seria esse controle?
Existem alguns softwares desenvolvidos especialmente para esse segmento, Porém, também pode-se fazer esse controle com uma simples planilha do Excel.
Quais informações deve se considerar na planilha?
Planilha de mapeamento de pneus em frota:
Algumas informações são fundamentais, para que se organize uma planilha, que lhe permita fazer o controle eficaz dos pneus.
Número de fogo, (controle interno de pneus, em uma sequência numérica destinada a cada pneus em particular), Marca do pneu.
Modelo,
Medida,
Dot, (data de fabricação),
Status ( se é novo ou reformado, e quantas reformas)
Km atual
Data da montagem
Data do mapeamento atual, (aconselhável fazer uma vez por mês)
Posição (localização do pneu na frota)
Profundidade dos sulcos ( sulcos 1, 2 e 3 dos pneus)
Com poucas informações conseguimos mapear cada frota, e ter um controle do que se tem de pneus trabalhando, e fazendo mensalmente esse mapeamento pode se comparar e saber o quanto por km esta gastando cada pneu.
O frotista pode fazer o controle de pneus comparando a durabilidade, considerando as recomendações dos fabricantes, além de identificar facilmente as condições de uso, controlar a vida útil e prevenir desvios e furtos. Também pode controlar os custos com compras, reformas e descartes dos pneus .
Sem o correto controle de pneus, os frotistas podem acumular ainda mais riscos se considerarmos que muitas estradas brasileiras são mal cuidadas. Isto pode ocasionar também o aumento de compras de novos pneus e maior gasto com combustíveis.
Por outro lado, se bem realizada, a gestão e controle de pneus aumenta entre 20 e 25% a vida útil deste item, ou seja, um pneu que rodaria 100 mil km pode rodar até 125 mil km com segurança.
O controle dos pneus com relação à calibragem, rodízio e reforma forem realizadas corretamente, os pneus terão maior vida útil e produtividade, aumentando a lucratividade da empresa. Além disso, a gestão de pneus colabora com a diminuição do impacto ambiental, pois reduz o consumo de combustíveis e diminui o descarte de pneus no ambiente
A gestão desses dados possibilita a análise de rendimentos de cada pneu da frota, facilitando a escolha do equipamento ideal para cada veiculo, considerando o custo por quilometro rodado entre outros dados. "Sabendo qual a melhor marca e modelo para cada veículo em cada situação fica mais fácil reduzir os gastos e alcançar o melhor desempenho para cada caminhão .
QUAL A IMPORTANCIA DA ESCOLHA DO DESENHO?
* Capacidade de Tração;
* Frenagem;
* Direcionamento do Veículo;
* Segurança na Condução;
* Velocidade;
* Conforto;
* Consumo de Combustível;
* Escoamento de Água;
* Ruído;
Cada característica confere ao pneu um desempenho melhor ou pior dependendo da condição de uso.
- DESENHOS LISOS OU DIRECIONAIS
Características:
São constituídos principalmente de sulcos (ou raias), em número de três a sete, colocados no sentido circunferencial, de rotação do pneu.
Comportamento:
Excelente dirigibilidade
Baixa resistência ao rolamento
Maior perspectiva de quilometragem
Maior economia de combustível
Menor peso
- DESENHOS DIRECIONAIS DE ARRASTE
Características:
Os desenhos são semelhantes aos desenhos direcionais, porém são caracterizados por possuírem os ombros arredondados.
Comportamento:
- Menor arrancamento da banda nas manobras
- Maior economia de combustível
- Menor peso
- Menor arraste lateral em eixos livres
- Baixa resistência ao rolamento
- DESENHOS MISTOS
Características:
Construção intermediária, composta em geral por uma combinação de sulcos e blocos, ficando os sulcos no centro e os blocos nas bordas da banda de rodagem.
Comportamento:
- Tração moderada
- Melhor proteção às agressões da banda de rodagem
- Equilíbrio eficiente entre tração e quilometragem
- Pode ser usado em qualquer eixo
-DESENHOS DE TRAÇÃO
Características:
São constituídos principalmente de blocos, colocados no sentido transversal do pneu ou ainda em diagonal na banda de rodagem.
Comportamento:
Melhor aderência ao solo
Maior tração
Maior profundidade de sulco
Adequado a trabalhos mais “pesados”
Maior resistência à rodagem
Maior consumo de combustível
Maior ruído
- ALGUMAS DICAS :
- Pisos não pavimentados exigem desenhos que evitem a retenção de pedras e detritos.
-Pisos pavimentados requerem desenhos com ótima drenagem e baixa retenção de calor.
-Com um desenho inadequado há uma redução de até 40% na quilometragem.
-Uso fora-de-estrada requer base resistente e ótima resposta à tração.
-Avalie os desgastes e problemas apresentados pelos pneus e desenhos que já foram utilizados, bem como suas causas.
-Procure padronizar os desenhos e pneus. Isso facilita a combinação e o emparelhamento dos mesmos.
-O desemparelhamento pode provocar perdas de até 25 % da quilometragem.
-Mantenha um controle eficiente das quilometragens de cada pneu, bem como sobre seu custo quilométrico.
O MELHOR PNEU É AQUELE QUE TEM O MENOR CUSTO POR QUILOMETRO
CONCLUSÃO:
Como vimos, a escolha do desenho melhor adaptado ao serviço do usuário depende de
avaliações, baseados nas informações técnicas e também com uma grande parte do
conhecimento adquirido no campo.
CALIBRAGEM
•A pressão de ar deve ser usada adequadamente, de acordo com o tamanho, capacidade de carga do pneu, velocidade e a carga a ser transportada.
Na manutenção preventiva dos pneus de caminhão, ônibus e camionetas, o item mais importante e econômico é a pressão de ar correta; portanto precisamos:
•Verificar a pressão de inflação semanalmente ou, no máximo, a cada 15 dias, com os pneus frios.
•Usar sempre tampas metálicas nas válvulas.
•Nunca sangrar os pneus quentes
para avaliar a pressão.
•Manter a combinação de duplos à mesma pressão de inflação e usar extensão para
as válvulas dos pneus internos.
•Purgar periodicamente o compressor de ar.
Combustível e pneus são os fatores principais nos custos operacionais dos serviços fora-de-estrada. Para minimizar os custo, o usuário de equipamento pesado tem que optar pelo pneu que proporcione o melhor desempenho para o serviço.
Ao se avaliar um pneu, deve-se avaliar os seguintes critérios:
É o pneu correto? É comum substituir um pneu por outro do mesmo tamanho. Mas, geralmente, consegue-se melhoras significativas na vida/valor do pneu escolhendo-se o maior pneu que se adapte ao equipamento.
Ele suporta a carga? O pneu escolhido precisa ter o tamanho adequado e carcaça resistente para transportar o máximo de carga que se espera do serviço:
O desenho é adequado a aplicação? Condições do solo. Deve-se escolher um desenho de tração para superfícies macias e escorregadias; um desenho tração rocha para áreas com alta exposição a cortes, etc.
O pneu também deve ser adequado ao serviço/equipamento específico.
Assim, pneus de codigo “L” devem ser usados em pás carregadeiras e tratores de rodas; pneus ”E” para equipamentos de transporte de carga (caminhões, motoscrapers, etc.).
O pneu atende o fator do TKPH/FCT? Deve-se escolher um pneu que atenda, no mínimo, a taxa exigida de capacidade do trabalho. Ao se conhecer essas informações, pode-se avaliar diferentes desenhos de pneus para determinar qual proporcionará o melhor desempenho e o menor custo operacional.
Critérios de seleção de pneus fora de estrada:
GERAL:
Os pneus fora-de-estrada devem ser avaliados tanto de acordo com suas características físicas, como com o desempenho no campo. As características físicas são: Construção do pneu (diagonal, diagonal/ cintado e radial). Tipo da banda de rodagem. Profundidade da rodagem. Relação de aspecto (altura em relação à largura). As características de desempenho em campo são:
CUSTO: Inclui custo por quilômetro, custo por hora e custo por tonelada de material transportado.
VIDA UTIL: Resistência ao desgaste, cortes e impacto, resistência à separação e ao calor
MOBILIDADE: Características de tração e flutuação.
CUSTOS DE MANUTENÇÃO: Capital requerido para manutenção; custo do equipamento e local de manutenção
COMPORTAMENTO DO EQUIPAMENTO: Dirigibilidade, estabilidade e fator de ajustes.
TIPO DE SERVIÇO :
A ALAPA (Associação Latino Americana de Pneus e Aros), a ETRTO (European Tyre and Rim Technical Organization), e a TRA (Tire and Rim Association) são grupos técnicos que estabelecem padrões para os fabricantes de pneus e aros, estabele-cendo códigos para identificar a aplicação específica para a qual o pneu fora-de-estrada foi desenvolvido. Os códigos identificam: Tipo de serviço. Tipo de banda de rodagem. Profundidade relativa da banda de rodagem.
Os pneus de código “E”, Earthmover (Removedor) se destinam a aplicações de transporte (caminhões e motoscrapers), com velocidade máxima de 48 km/h.
Os pneus de código “L”, Loader (Carregador) se destinam a aplicações em pás carregadeiras e tratores de rodas, com velocidade máxima de 10 km/h, distância de até 76 m por ciclo.
Os pneus de código “G”, Grader (Nivelador) se destinam a aplicações em motoniveladoras com velocidade máxima de 40 km/h, sem limite de distância.
Os pneus de código “C”, Compactador se destinam a aplicações em compactadores com velocidade máxima de 8 km/h.